A lesão tumoral cutânea pode ter aspecto infiltrativo e vegetante, caracterizando formação maligna.

Poderá ter origem primária ou metastática.

A realização de diagnóstico diferencial, por meio de biópsia cutânea, é fundamental.

A lesão vegetante é altamente friável, podendo sangrar de forma espontânea ou com simples manipulação. Poderá apresentar aspecto fúngico e odor fétido.

Tratando-se de lesão infectada devem ser realizadas cultura de secreção e antibiograma, com o fim de identificar o agente agressor e administrar antibioticoterapia específica.

Os tumores cutâneos vegetantes constituem desafio para o profissional que atua com cuidados paliativos. A meta é controlar a dor, odor, drenagem de secreção e curativo que propiciem maior conforto e menor manipulação.

*O tratamento tópico da lesão neoplásica vegetante poderá variar segundo vários fatores e protocolo.

1. O carvão ativado e prata atua como bactericida e contribui na absorção da secreção e diminuição do odor.

2. O metronidazol controla o odor. Trata-se de antiparasitário. Poderá ser utilizado diluído em solução  fisiológica a 0,9%, de forma empírica, por exemplo, na proporção de 2 comprimidos de 250mg em 250ml SF. A ferida deverá ser lavada com essa solução de duas a três vezes ao dia, até a melhora ou eliminação do odor fétido.

3. O ácido ricinoléico (ácido graxo essencial), derivado do "óleo de mamona" Ricinus communis, em razão de seu poder bactericida e fungicida, é outra possibilidade para controlar o odor. A lesão poderá pode ser lavada com solução padrão do ácido ricinoléico, diluído a 25% em solução  fisiológica. A ferida deverá ser lavada com essa solução de duas a três vezes ao dia, até a melhora ou eliminação do odor fétido.

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4. A papaína a 2% ou 4%, diluída em solução fisiológica, também controla o odor da lesão. A ferida deverá ser lavada com essa solução de duas a três vezes ao dia, até a melhora ou eliminação do odor fétido.

5. Em lesão sanguinolenta é indicado o uso do alginato de cálcio e sódio, que também absorve de secreção. A substituição do curativo deverá ser realizada segundo a sua saturação.

Consulte o Livro do Feridólogo - Tratamento clínico-cirúrgico de feridas cutâneas agudas e crônicas do Prof. Dr. Luiz Claudio Candido (autor e editor), dezembro 2006, Santos-SP.

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