Aspectos Históricos do Tratamento de Feridas

ASPECTOS HISTÓRICOS 
DO  TRATAMENTO  DE  FERIDAS

 

*Desde a era pré-histórica eram preparados cataplasmas de folhas e ervas com o intuito de estancar a hemorragia e facilitar a cicatrização.

Com o passar do tempo e evolução das civilizações foram sendo aperfeiçoados vários métodos como emplastos de ervas, mel, cauterização das feridas com óleos ferventes ou ferro quente, desinfecção com álcool proveniente do vinho, utilização de banha de origem animal, cinzas, incenso, mirra etc.  

Os egípcios, notoriamente habilidosos no processo de embalsamamento, também se preocupavam com o tratamento de feridas. Utilizavam o conceito de ferida limpa e ocluída, com óleos vegetais, cataplasmas e faixas de algodão.

Na civilização grega e posteriormente na romana o tratamento de feridas também assumiu papel de destaque. Empregavam emplastos, banhas, óleos minerais, pomadas, vinho etc.

Na período medieval a figura da bruxa assume importante papel no tratamento de feridas associando as plantas medicinais, teia de aranha, ovo, cauterização com óleo quente, associado ao auxílio das preces. O corpo humano era considerado sagrado, lugar de residência do espírito ou das forças demoníacas.

Na mesma época os monastérios desenvolviam cada vez mais o estudo das plantas - hoje denominado Fitoterapia - acentuando a importância da manutenção da ferida limpa e remoção dos corpos estranhos e tecido necrótico, e a necessidade de controle da hemorragia, por meiro de compressões locais, cauterizações e ligaduras dos vasos sangrantes.

A história da medicina reporta o surgimento da penicilina (I Guerra Mundial) como um grande passo para o controle da infecção, até, finalmente, chegar aos conceitos atuais de manutenção do leito da ferida úmido, pois este procedimento acelera o processo de cicatrização.  

A saúde é uma área de trabalho no qual a pesquisa cientifica é sempre ativa; os constantes progressos permitem melhorar a conduta clínico-cirúrgica e, por conseqüência, a possibilidade de cura e recuperação dos assistidos.

*Fonte bibliográfica:
CANDIDO LC: Nova abordagem no tratamento de feridas. São Paulo: Editora SENAC-SP, 2001.

PARA SABER MAIS

Consulte o Livro do Feridólogo - Tratamento clínico-cirúrgico de feridas cutâneas agudas e crônicas do Prof. Dr. Luiz Claudio Candido (autor e editor), dezembro 2006, Santos-SP.

 

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